sábado, 30 de maio de 2015

MESA-REDONDA II

A ditadura e a Teoria do Caos



Bom, muita discussão sobre problemas que ouvimos e sentimos no dia a dia. E, justamente por isso, questionei a doutora Ivanise Monfredini: já temos dados e até já pesquisamos as soluções, até quando vamos ficar apenas em mesas-redondas para verbalizar o que já temos como dados ao invés de agir? Afinal, somos maioria (alunos, pais, professores e instituições insatisfeitos) !!!
Porém não pretendo ressaltar a resposta da mesma. Mas, sim, deixar claro o que estava por trás daquela pergunta. Em outras palavras: “quem tem tesão de apenas ficar em paredes fechadas, discutindo-se o que já se sabe?”.
Será que todos estavam lá porque se sentiam motivados? Ou pelo fato de constar como nota ou horas na grade curricular do curso? Na ditadura militar (1964-1985), pudemos ver como vários estudantes e até, professores, não permitiam o abuso de mexerem em seus direitos. Claro, houve perseguições e violências. Não precisamos deixar que só a classe média continue fazendo por todos – antes que julguem dessa forma, está aí a minha defesa. É claro que, muitos educadores foram e estão nas ruas fazendo sua parte. Por que não nos juntarmos a eles?
Quando cursava o ensino médio, já haviam muitas greves do corpo docente. Eu me comovi naquela época pelas causas destes e chamei uma colega e disse a uma professora (ela nos ensinava História): “por que nós não vamos com vocês?”. Ela me olhou atônita, riu ao divulgar a ideia para outras turmas de alunos e fomos para as ruas. Saiu até no telejornal!!!!! Foi engraçado mesmo! Porém, verdadeiro. Era (e é) um problema que atingia a todos, como a professora Angélica se referiu acima - o efeito borboleta (Teoria do Caos) ou outro nome que queiram dar: “A batida de asas de uma borboleta no Brasil provoca um tornado no Texas", (Edward Lorenz, 1972). Essa concepção de lei universal cabe, com certeza para a área da educação.
Mas sabemos, e eu me incluo, que o comodismo tomou outros nomes: trabalhar e entregar material para nota na escola ou universidade – OBRIGAÇÕES que estão vinculadas ao medo. Algo me perplexa: será que tantas torturas – na época do militarismo – criaram gerações covardes? A nota vermelha, a DP, o desemprego ou a perda de dinheiro, fizeram de nós nossos próprios ditadores emocionais.








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> Teoria do Caos – Boff, Leonardo, 1938 - A águia e a galinha, uma metáfora da condição humana, pgs. 52 a 55
> http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,alckmin-diz-que-greve-dos-professores-nao-tem-o-menor-sentido,1680814






Juliete França (Juli)
Jornalista Mtb.: 201407
Estudante de Filosofia

MESA-REDONDA

.TÓPICOS GERAIS DA EDUCAÇÃO

JULIETE FRANÇA (JULI) MAIO/2015

FILOSOFIA 1° SEMESTRE



Mesas-redondas: sem tesão para discussões vãs e perplexidades da nova geração



Jornada da Educação da Universidade Católica de Santos – UniSantos

“Sociedade contemporânea – Educação e comunicação”



por JULIETE FRANÇA (JULI)



Na segunda-feira, 11 de maio de 2015, no auditório 310 do prédio principal da Universidade Católica de Santos (Campus: Dom-Idílio) acontecia uma das várias discussões sobre a educação e suas problemáticas. Começava a Semana da Jornada da Educação. O espaço estava cheio entre plateia e convidados, misturavam-se alunos de cursos de diversas licenciaturas, música e até, futuros jornalistas (ou atuais!), etc.

Na mesa, para liderar as informações estavam: Profª. Drª. Ivanise Monfredini (Professora-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação), • Profª. Drª. Maria Angélica Rodrigues Martins (Projetos de pesquisa) e Prof. Me. Antonio Miranda Galleão – todos na mesa redonda. Cada qual com seu foco.

A professora Ivanise, por exemplo, discursou sobre a formação humana: o UTILITARISMO, MERCADO (domínio de mercado). Ela ressaltou o processo de subjetivação, onde encontramos a cada dia uma formação esvaziada. Onde a figura do outro, foi perdendo força e respeito, como o pai, o professor. A solução, segunda ela, é a humanização, ou seja, a interação com o outro.

Já Galleão, falou em tecnologia na educação, onde se vive uma sociedade de rede. Ainda assim concordando com sua colega acima, falta interação com o outro. E, acredita que o Ensino à Distância – EAD, tem sua importância quando é feito com qualidade e auxilia aqueles que precisam se qualificar, mas tem pouco tempo. Também insiste no incentivo das escolas e professores dos diversos níveis, que estimulem os alunos ao senso crítico.

Maria Angélica discorreu sobre a participação na escola pela comunidade, pais e outros membros da sociedade. Porque a função reprodutora da instituição de ensino é a continuação do aprendizado. Ela também acredita que há dois lados da mesma: transformar a sociedade para pensamentos críticos ou massificá-la.

sábado, 23 de maio de 2015

Considerações sobre a Mesa Redonda: Sociedade Contemporânea Educação e Comunicação – 7 Jornada da Educação 11/05/2015

Confesso que fora a brilhante abertura da rodada, à cargo do Prof.  Mestre Fábio Maimone, que com aprimorada hermenêutica, expôs sua visão sobre a questão da Educação de forma sintetizada, porém  precisa, as demais participações dos membros da mesa, não obstante corretas, foram simplórias,  de um conteúdo, que uma pessoa minimamente informada, pelos jornais escritos, revistas, telejornais e fontes acessíveis de informação é capaz de acompanhar, com pouco entusiasmo, pois os dados apontados são corriqueiros em nossa sociedade.
Falar da pouca valorização que se dá ao profissional da educação, da forma utilitarista que se encaminham os processos educativos, com seu viés de concepção mercadológica, da presença cada vez mais expressiva da internet como meio de busca por uma informação nem sempre aferida e que muitas vezes, simplificada ou banalizada, deteriora o conhecimento, ao invés de aperfeiçoa-lo, redunda nas mesmas chagas tantas vezes expostas e ainda tão carentes de remédio eficaz.
Aguardei o desfile de casos de sucesso, que naturalmente devem existir e que trariam um ar de esperança, para aqueles que desejam ingressar neste oceano de marés revoltosas. Claro,  sabemos que no ambiente da Educação, são muitas as oposições que se manifestam buscando imprimir um clima de  confusão, que dispersa ao invés de criar corpo, fruto de um descaso e desinteresse bem arquitetado, por aqueles que querem continuar tendo as pessoas sob seu cabresto, aprisionados em seus mundos tolhidos, cegos diante deste mundo de pressa e medo.
Mas e os Mestres, Doutores e especialistas da Educação, com suas carreiras longevas e expressivas, o que podem nos dizer, além das falas macetadas e clichês, que inundam nossas vidas, como querendo nos advertir, que a maré não está para peixe, pergunto: Quando esteve?
Quando o assunto é educação, me parece que os desafios sempre foram titânicos, se o projeto é para libertar consciências e criar um clima de espanto e admiração para a produção de uma humanidade, mais crítica, então a coisa fica ainda mais tensa, afinal, a quem interessa? Sim nadar contra a correnteza é o papel do educador, que antes de mais nada deve ser generoso em relação ao outro, pois este é o fio condutor capaz de iluminar o espaço sombrio que sempre orbitou sobre a liberdade.
Sim, as famílias sofreram uma grande transformação nas últimas gerações, a globalização exerce poderosos efeitos na humanidade, as tecnologias da informação e as mídias sociais fenômenos recentes, cobram atenção e cuidado, mas e daí! estas são exatamente as questões que devemos enfrentar, são o nosso bem aventurado CAOS, se apresentando cobrando reflexão e ação em busca de novas soluções, um mundo novo requer novas medidas,  este abacaxi deve ser descascado por nós, que nos apresentamos para o serviço.
A esperança é um germe que habita a natureza humana, viver sem ela é como estar morto.
Conclamo aos educadores da UNISANTOS, que exponham nos corredores de nossos edifícios, casos bem sucedidos, onde a educação pode fluir, impactando a vida como ela deve e merece ser impactada, precisamos colorir nosso céu cinzento com a esperança, antes que nossa visão fique tão turva, que acreditar deixe de ser uma oração e passe a ser lamento.
Sem famílias estruturadas, com a presença marcante das tecnologias de informação, com governos opressores ou não, marchemos firmes, com coragem e acreditando, ou seremos um exército de famintos lutando por migalhas.

 1 e 2 - Idéias principais da Mesa Redonda/Palestra:
Utilitarismo, Fenômeno da Informatização e mudanças tecnológicas, Formação de um Ser Crítico, Apatia Social, Perda do contato com as gerações mais antigas, esvaziamento de cabeças.
3Aspectos em comum com as idéias discutidas em sala de aula e também em outras disciplinas:
 Todos os temas apresentados já foram abordados em sala de aula.
4 – Críticas positivas e/ou negativas:

Apontadas no texto inicial

segunda-feira, 11 de maio de 2015

PISA



PISA – Programme for International Student Assessment



Pitágoras estaria certo, ao afirmar que o princípio de tudo (arché) está no número? Ao menos em parte o genial pensador acertou, os números balizam nossas vidas; tabelas, estatísticas, gráficos, controles e mais controles, sim o Homem, está representado em vários destes números, o PISA é mais uma tentativa de descobrir, como podemos parametrizar um modelo ideal, de transposição de nossas individualidades para uma coletividade mais igualitária. Será?


O programa dirigido à educação, avalia jovens com idade aproximada de 15 anos,  em um universo de aproximadamente 77 Países, entre membros da OCDE e convidados em áreas como: Matemática, Letras e Ciências, mede seu desempenho e tabela em um ranking, que escancara aos governos de cada País a situação da Educação em relação à meta de 1.000 pontos, que se espera alcançar, demonstrando a necessidade de correções e  adoção de políticas educacionais bem orientadas.

As medições, sem dúvida são importantes, os dados coletados, podem sim, demonstrar os desvios e apontar os ajustes necessários, tomando por base, as experiências bem sucedidas de outras Nações, com melhor desempenho (dentro da devida proporção, justa e necessária), porém a vontade política para instituir estas mudanças, é imprescindível, não somente na dotação de recursos financeiros, mas na gestão, fiscalização e medição permanente dos resultados.

No caso do Brasil, dada suas particularidades, como por exemplo: suas dimensões territoriais, número de habitantes, diferenças regionais e sua constatada dificuldade em planejar, tornam o desafio mais intenso, porém igualmente mais apaixonante. Como materializar o sonho de uma educação de primeira linha para todos os cidadãos, sem exclusão? Como criar um ensino de qualidade, com caráter libertário, formando uma nova sociedade, mais crítica, mais envolvida com assuntos relevantes e portanto, mais participativa?

 Existe um pano de fundo neste programa, que revela de forma explícita, seus eixos principais: Politicamente, o modelo é Democrático e Economicamente o modelo é Economia de Mercado, duas diretrizes, que buscam encaminhar o homem, para uma inserção no Mercado como consumidor e co-criador de novas alternativas de convivência.

A crítica, naturalmente está em apartar o homem de sua natureza emocional, psíquica e criativa, imprimindo um caráter mais prático e mental,  para um jogo a ser jogado no cenário  da competitividade e da lei do chora menos quem pode mais.

Casar os dois lados desta humanidade, aproveitando de ambos a melhor porção de suas potências, no meu ponto de vista, prepara melhor o homem, tanto para o sucesso, quanto para o fracasso, duas forças, que bem tensionadas, propiciam meios para a humanidade avançar em seu destino evolutivo.

“Os que estão na dianteira, devem estender suas mãos aos da retaguarda”
 
O que é?
                 
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes PISA - é uma iniciativa de avaliação comparada (ENTRE PAÍSES PARTICIPANTES), aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
                Tem seu início em 2000.

Breve histórico da OECD
               
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi criada no dia 30 de setembro de 1961 para substituir a Organização Europeia para a Cooperação Econômica (OECE), formada em 1947 com o objetivo de administrar o Plano Marshall no processo de reconstrução dos países europeus envolvidos na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). A sede da OCDE está localizada na cidade de Paris, França.

Objetivos
                 
O PISA tem como principal objetivo produzir, em todos os países envolvidos, indicadores de desempenho estudantil voltados para as políticas educacionais, fornecendo orientações, incentivos e instrumentos para melhorar a efetividade da educação, além de possibilitar a comparação internacional.

Periodicidade
                 
O PISA é aplicado de três em três anos (Trienal).
                
No Brasil ocorre no mês de maio.

Metas
                 
Abranger um número maior de alunos e Instituições de Ensino Públicas e/ou Privadas em todo território Nacional, visando uma  representatividade mais significativa, produzindo médias estatísticas mais confiáveis para o aperfeiçoamento das reformas educacionais, visando a melhoria da qualidade da Educação Brasileira..

Público Alvo
                 
Alunos de 15 anos.
Alunos nascidos no ano de 1999, matriculados a partir do 7º ano do Ensino Fundamental.
Neste ano 965 escolas realizaram a prova inteiramente online. 

Público Alvo – No Brasil

                Pisa 2000 - 4893
                Pisa 2003 - 4452
                Pisa 2006 - 9295                 
                Pisa 2009 - 20127
                Pisa 2012 - 18589
                Pisa 2015 - 33000
               
Aumentou-se quase 7 vezes o número de alunos.

Público Alvo – No Mundo


Em 2000 participaram 43 países.
Este ano participam 79 países.
Aumento de 83% na participação de países.

Área do Saber Avaliada

                Leitura
                Matemática
                Ciências – FOCO da prova neste ano; mais questões.

Países representam 87% da economia mundial

Área do Saber Avaliada

                Cada realização da prova tem um FOCO:
                2000 e 2009: Leitura
                2003 e 2012: Matemática
                2006 e 2015: Ciências

Área do Saber Avaliada

                Letramento em Leitura: a compreensão, o uso e a reflexão sobre textos escritos para alcançar objetivos pessoais, desenvolver o conhecimento e potencial individuais e participar plenamente na vida em sociedade.

Área do Saber Avaliada

                Letramento em Matemática: a capacidade individual de identificar e compreender o papel da Matemática no mundo, de fazer julgamentos bem fundamentados e de se envolver com a Matemática de maneira a atender às suasnecessidades atuais e futuras como um cidadão construtivo, consciente e reflexivo.

Área do Saber Avaliada

                Conceito de Letramento Científico (Marco Referencial do PISA):
                “Letramento Científico é a capacidade de usar o conhecimento científico para identificar questões e tirar conclusões baseadas em evidências, a fim de compreender e ajudar a tomar decisões sobre o mundo natural e as mudanças feitas a ele por meio da atividade humana." (OECD, 2000, 2003)

Área do Saber Avaliada

                Competência 1: Explicar Fenômenos Cientificamente
                Competência 2: Avaliar e Planejar Investigações Científicas
                Competência 3: Interpretar Dados e e Evidências Cientificamente

Estatíticas

Evolução do Brasil desde o ínicio do PISA em 2000.

 
Matéria no Jornal Nacional


Críticas de Educadores

                Em carta oficial, professores e pais de alunos de vários países, criticam o PISA:

               “Preparar jovens para o mercado de trabalho não é o único, sequer o principal, objetivo da educação pública, que deve buscar a preparação de estudantes para participar da democracia e de desenvolvimentos pessoais”

                Preocupação com o Ranking.
                Brasil foi um dos países que mais evoluiu desde a primeira edição do PISA.
                Maior importância à leitura, matemática e ciências.
                Menor importância à arte, moral e cívica.

REFERÊNCIAS